Adoção dirigida é permitida apenas em 3 situações
A magistrada explicou que o intuito personae ou adoção dirigida só é legal quando ocorre um pedido de adoção unilateral
A adoção dirigida é permitida apenas em três situações que estão especificadas na Nova Lei da Adoção (nº 12.010/2009), portanto qualquer tipo de entrega direta de uma criança para pais de coração é considerado crime. O tema foi abordado pela juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça, Helena Maria Bezerra Ramos, na palestra que tratou da impossibilidade jurídica da adoção intuito personae no ordenamento jurídico brasileiro, durante o Encontro Nacional da Ceja-MT .A magistrada explicou que o intuito personae ou adoção dirigida só é legal quando ocorre um pedido de adoção unilateral. Esse caso acontece quando o padrasto quer adotar o filho da companheira ou vice-versa. Essa possibilidade é aceita, mas vale ressaltar que antes da concretização a mãe ou o pai biológico são procurados para darem a anuência à destituição do poder familiar ou para que registrem o filho, ressaltou.Em outra situação, a adoção dirigida também é permitida quando realizada por parentes colaterais, ou seja, tios e primos. Mas para tanto, tem que ficar comprovado a afetividade e o convívio da criança com os pretendentes. Já os parentes ascendentes (avós, bisavós e irmãos) não podem adotá-la.A adoção também pode ser realizada por quem já possui a tutela ou a guarda oficial da criança, que deve ter mais de três anos. Além disso, o juiz vai analisar o tempo de convivência entre ambos para decidir sobre a sentença, completou a magistrada.Precisamos deixar claro que não é crime a mãe entregar o filho biológico para a adoção. Crime é fazer a entrega direta e o Judiciário tem que coibir esse tipo de adoção, finalizou.
Fonte: CGJ-MT
1 Comentário
Faça um comentário construtivo para esse documento.
Como um adulto pode adotar outro outro adulto doente para fins previdenciários? continuar lendo